Todos os dias sentava na cadeira, ou debruçava na janela, ou deitava na rede da varanda a esperar.
Um dia, enquanto cuidava do jardim, o tempo nublado anunciava chuva, ouviu um barulho.
"Oh meu Deus, é ele... como eu pude me ausentar da casa? Espero que não pense que não o aguardava..." - Correu com uma expressão incerta entre sorrisos e lágrimas.
Chegou na casa, sem fôlego, e nada encontrou.
Era só o mensageiro dos ventos.
Mesmo assim preferiu esperar mais um pouco na cadeira de alpendre.
"Quem sabe não é um sinal..."
Ficou ali, sentada, esperando a chuva acabar e as nuvens se abrirem para as estrelas.
"Melhor ir dormir, é tarde. Se ele chegar de manhã, só espero não estar com cara de sono".
Isaac Ruy
Lindo texto transbordante de esperança e poesia!
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