29 novembro 2011

Fluxo XI

olhou para os dois lados do corredor não viu ninguém pôde então sair da sala ainda que silenciosamente a passos curtos e leves esses sapatos fazem muito barulho tirou-os  ninguém pode ouvir um ruído preciso ser discreta ou poderão desconfiar de algo guardou-os na bolsa que trazia ao lado passou pelas outras portas fechadas rapidamente para não ser surpreendida por ninguém que saísse para um café ou uma visita ao banheiro mas no fim do corredor sentiu um calafrio a última porta estava aberta justamente a porta onde o maior vigilante se escondia uma criminosa uma bandida todos gritarão se eu for pega se arrastou até o beiral enquanto os ouvidos atentos se aguçavam em busca de sons mínimos melhor voltar e desistir do delito mas um barulho a surpreendeu vindo da porta ao lado não pode pensar atravessou a sala da porta aberta que por sorte estava vazia e entrou na primeira porta que encontrou ali no escuro escutava as risadas dos que saiam e conversas dos que transitavam pelo corredor passou a noite no armário ao lado da sala do chefe para não ter que explicar a tentativa de sair 15 minutos mais cedo

Isaac Ruy



04 novembro 2011

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Linda, nariz empinado, encarou as vitrines, não olhou para os preços, rica, olhar de modelo na passarela.
Elegante, batom e biquinho, desfilou pelo espelho, não olhou os defeitos, magra, rostinho de modelo de revista.
Sensual, lânguido rebolado, atravessou a avenida, não olhou para nada, fina, corpinho de  modelo atropelada.

Isaac Ruy