Morreu ouvindo samba, mas sem roda, sem mulata, sem amigos, só o disco do ídolo, Noel Rosa.
No enterro, respeitaram sua vontade, não tinha choro nem vela, mas não tinha fita amarela gravada com o nome dela, nem fita amarela sem nome e nem fita de cor alguma.
Na verdade, não havia ninguém além do coveiro e nada além de sua pá enferrujada.
Mas o que não sabiam é que já estava tudo planejado. Levava consigo, na canela, uma fita de Nossa Senhora, na qual, apesar de desbotada, ainda percebia-se um leve tom amarelado e uma escrita que trazia, disfarçadamente, o nome da amada: Aparecida.
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