23 maio 2013

Árida

tão seca, que só pó lhe percorria as veias, 
assim como somente o sal, das lágrimas evaporadas, lhe descia pelo rosto, 
o ventre murcho, vazio,
rachaduras já lhe marcavam a pele, farelos de cabelos pendiam da cabeça,
desmoronando em poeira, uma única coisa se avistava intacta nas ruínas do corpo que existira outrora,
uma grande pedra, lembrança sólida do que já foi um coração.



Isaac Ruy

2 comentários:

  1. Olá , passei pela net encontrei o seu blog e o achei muito bom,
    li algumas coisas folhe-ei algumas postagens,
    gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
    quando encontro bons blogs sempre fico mais um pouco meu nome é: António Batalha.
    Deixo-lhe a minha bênção.
    E que haja muita felicidade e saúde em sua vida e em toda a sua casa.
    PS. Se desejar seguir o meu blog,Peregrino E Servo, fique á vontade, eu vou retribuir.

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  2. E se fosse alguém com facilidade de escrever? Uau!!!

    Quanto mais observo, processo, escrevo e envio, mais completo sinto meu espírito.

    Todo tempo utilizado com diálogos é investimento que garante lucros.

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