Trancou a porta do quarto antes de abrir o esconderijo, não queria ninguém importunando o momento.
Tirou, com todo cuidado, a caixa amarela, de trás da vitrola, e a chave de bronze, do fundo da gaveta.
O som do destrancar enferrujado revelava os anos em que não se encontravam: a chave e a caixa, ele e a mulher amada.
Ficou a observar com os olhos marejados de saudade a foto até que se lembrou de tombar o retrato da falecida que estava sobre o criado mudo.
Isaac Ruy
A falecida não ia gostar nem um pouco desse conto(rs)... mas eu adorei; são as coisas lindas do amor!
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