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Ela, sentada no beiral da janela, mantinha o rosto inexpressivo, como se todas as emoções lhe tivessem sido tomadas a força. Já não se importava com ovestido entreaberto, que deixava a mostra um seio nu e as coxas magras de menina moça. Os olhos perdiam-se no longe mirando a chegada da noite por traz dos telhados velhos e cheios de lodo antigo.
Ele se levantou da cadeira, colocou a camisa sem abotoar e ficou parado ao lado da cama. Acendeu um cigarro e então dialogaram em silêncio por alguns instantes. Sem trocarem sequer um olhar, saiu.
Sozinha, fechou os olhos e sentiu cheiro de chuva. Logo as tristes lembranças seriam levadas com a enxurrada e, de alma lavada, estaria pronta para as flores que a primavera traria. Trovões anunciavam o que estava por vir.
Assustou-se com as batidas na porta, abriu os olhos e voltou para a realidade do quarto.
Ainda estava cedo para sonhar
Isaac Ruy
INTRIGANTE!
ResponderExcluir:)
Será que vai ter continuação?
ResponderExcluir;)