Escreveu letra por letra na pedra - queria que o poema ficasse ali para sempre.
As marteladas foram fortes e a marca estava funda. Sentia como se cada martelada gravasse uma ferida em seu peito - assim como gravava no mármore.
Estava certo quem disse que poemas de amor doiam; esse, em especial, era o mais doído que escrevera, talvez por saber que seria o último, lhe faltaria a inspiração.
Findo o poema, o levou para a exposição.
Nunca mostrara nenhuma de suas obras a ninguém, nem a ela, a quem se destinavam as doces palavras, mas esse era especial.
Deixou o epitáfio sobre o túmulo da amada, sua musa, e voltou para o antigo anonimato.
muuito bom!!!
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Lindo...
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