Apaixounou-se perdidamente e decidiu escrever uma carta.
Colocou tanto de si naquelas palavras que a tinta vermelha tornou-se sangue ali borrado em curvas caprichadas de letras de amor. Com a carta entregou também seu coração.
Ela, depois de uma leitura rápida e um sorriso de escárnio, amassou o papel, que antes fora cuidadosamente dobrado, e o jogou no chão úmido de chuva.
Ele ficou parado, sangrando e observando as palavras sumirem em segundos no papel molhado enquanto os olhos marejados transbordavam a dor que imaginava que jamais cicatrizaria.
Ele ficou parado, sangrando e observando as palavras sumirem em segundos no papel molhado enquanto os olhos marejados transbordavam a dor que imaginava que jamais cicatrizaria.
Ainda magoado viu a outra passar.
Apaixounou-se perdidamente e decidiu escrever uma carta.
Escolheu tinta azul dessa vez.
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